segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Ao som do Exalta

Fica mais fácil contar o meu fim de semana de mulher e tal, sem o “mãe” na frente. A pedido da avó paterna, levei as meninas pra passarem o fim de semana com ela. É dia de converter as horas sem elas em momentos pra mim (que coisa esporádica, não?). Foi o que eu fiz. Não engoli a comida sem nem mastigar como costumo fazer, dormi depois do almoço, pintei o cabelo, demorei o tempo que eu quis no banho. Entrei num pretinho básico tomara-que-caia e saí. Dancei até não agüentar mais, me acabei. Peguei uma fila interminável pra pagar a conta depois de um pagodinho restaurador. Voltei pra casa, apaguei e, acreditem se quiser, acordei ao meio dia. Cansada, mas já cheia de saudade das pequenas, tomei banho e fui buscá-las.

Deixei a mulher e tal dormindo, voltei a ser mãe em tempo integral (com dor nos pés e com todo o meu coração).

Saldo absolutamente positivo do fim de semana. Às mães que estão lendo, sempre que tiverem oportunidade, vivam pra vocês, cuidem de vocês. E não se culpem, nenhuma mulher é menos mãe porque virou a noite na balada ou tomou um porre. Não acho, de forma alguma, que encarar uma noitada seja tão intenso quanto estar na companhia dos filhos, mas soma momentos de prazer. Eu acho é que mãe feliz transfere a felicidade pros filhos. Então sejamos advogadas, baladeiras, médicas, leoas protegendo as crias. Sejamos MÃES, MULHERES E TAL.

“Vamos viver tudo que há pra viver, vamos nos permitir”.

Jéssica Miranda

sábado, 20 de fevereiro de 2010

De mãe pra filha, com amor.

Um dia você perceberá, querida, que a distância é para o amor o que é o vento para o fogo:

o fogo quando é apenas uma centelha se apaga com a brisa leve, mas o fogo que incendeia cresce com a ventania.

Mas o incêndio verdadeiro acontece diante do maior amor. O mais verdadeiro e que precisa de apenas um alguém: o amor próprio.

E quando isto acontecer, você será plena e forte (como o fogo gigantesco que habita em você) e será capaz de amar intensamente e incendiar outras pessoas.

Aprendi isto com o tempo. Mas use minha expêriencia e aproveite para aprender outras coisas, que não as que posso lhe testemunhar.

(Aprender comas próprias experiências é maturidade, aprender com as experiências alheias é sabedoria.)

Eis o meu conselho.
Juliana Fernandes

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Feliz mêsversário !!!

Ontem a Giovanna e a Maria Luiza completaram mais um mês de vida, e apesar de eu achar que todos os dias com elas merecem ser comemorados, os dias 17 são sempre especiais. É impossível acordar nesses dias e não lembrar das manhãs de 17/11/2006 e 17/03/2009 em que eu, feliz e ansiosa, me preparava pro momento mais intenso da minha vida. A ansiedade, juro, não era medo, não tive medo de morrer, da anestesia, nada. Sentia só uma vontade imensa de ver o pequeno rostinho que demorou 9 meses pra se mostrar.

Enfim a expectativa acabou, elas nasceram perfeitas (parece até que foram desenhadas). A partir daí um mundo novo desabou em cima de mim, eu tive que aprender a amamentar, a dar banho em recém nascido, massagear a barriga no auge da cólica. Eu aprendi a ser mãe. Aprendi a mensurar as noites mal dormidas e multiplicá-las em amor.

Minha vida é delas e pra elas. Feliz mêsversário minhas pequenas. Vocês são muito amadas.

Jéssica Miranda

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Anjos

Eu tenho dois em casa que, sem saber que assumem esse posto, me protegem e cuidam de mim com tamanha competência. Imagina se tivessem cachos loiros e asas...

Jéssica Miranda

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Eu escolho vocês

Nem só de rosas é feita a vida de mãe solteira. Bobeira querer pensar assim.

Mais uma vez minha estrutura foi colocada à prova, pela enésima vez. É hora de colocar algumas coisas no lugar. Grandes decisões pedem ponderação (como se fosse fácil ponderar qualquer coisa quando as consequências envolvem os filhos).

Se toda escolha implica numa renúncia, eu escolho vocês, filhas, sempre. (E no resto a gente se ajeita.)

Não importa, o esforço sempre justifica o resultado.
Imagine o por quê disso: fim de semana felicíssimo.

A Mariazinha tá que anda, e perde o equilíbrio e agacha e cai e levanta e anda de novo. Um resfriado chato não deixa o nariz parar de escorrer, e ainda assim a danadinha não perde o pique.

A Giovanna provou (e reforçou) que está crescendo, foi dormir fora, estreando na casa da minha tia: sábado à noite, a minha filha dormindo fora num lugar novo pra ela. Isso aliado a uma sequência interminável de relâmpagos. Tensão total. Joguei os relâmpagos pro alto e liguei pra minha tia (ufa! a Giovanna estava dormindo).

Ao final da tarde no domingo busquei a Giovanna, estávamos as 3 juntas de novo, (ai!) é sempre bom ter as filhas debaixo das asas, quero fazer isso enquanto posso. Beijei e amassei as meninas até cansar - meu lado Felícia anda excessivo, tenho que me policiar.

Elas me encantam e me surpreendem todos os dias. Amo ter gerado, parido e amamentado-as. Hoje sou grande porque descobri em mim um amor imensurável, e me descobri em forma de criança.

Amo vocês, Giovanna e Maria Luiza.

Jéssica Miranda

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Amo vocês

Depois de 8 horas ininterruptas de sono, apesar do calor descomunal dessa noite, o dia amanheceu com um brilho a mais.

Maria Luiza acordou, eu já estava de pé. O chorinho de fome deu lugar a um bocado de bicotas quando cheguei com a mamadeira. E lá se foram mais 6 medidas de Nestogeno 2 (quero uma parceria com a Nestlé URGENTEMENTE).

Aí sim ela ficou de bom humor, se desmanchou e deu vários passinhos. Fico vidrada com cada um deles! Tão pequena e tão capaz de descobrir o mundinho dela.

Logo a Giovanna também acordou e eu, passando pela porta do quarto dela, disse:

"_Bom dia filha... ”

"_Filha???” ( Por que criança adora fingir que ta dormindo?)

"_Levanta princesa, hoje é dia de piscina na escola”

“_Pega o biquíni rosa de bolinha mamãe?”, ela respondeu já sentada na cama, portando um sorriso lindo e um cabelo descontrolado. Tudo bem, nada que um creme sem enxágüe não dê jeito... E que jeito, ela é dona dos cachinhos mais lindos que eu já vi.

Crianças prontas, bolsas arrumadas. É hora de ir para a escola. A música no carro puxa as palmas no banco de trás. Logo o beijinho de esquimó na Giovanna e o cheirinho na Maria Luiza darão disposição pro dia inteiro. Até pro tal calor descomunal que insiste em aparecer  de dia também.

Fantástico saber que uma simples manhã rotineira repercute de forma tão intensa na vida de alguém, não é?

A maternidade por si só é plena, e nós, mães, recebemos provas diárias do amor mais puro, menos pedido, mais desmedido. É o famoso amor incondicional que tanto se fala.

Eu fui agraciada com o dom de amar. Só isso basta.
 Jéssica Miranda

Cara de menina

Me foi dito, com ênfase, ao saber que sou mãe:

"_ Com esta cara de menina?"

(E pra ser mãe tenho que ter cara de que?)

Eu me sinto menina, mas me tornei mulher de verdade quando me tornei mãe de verdade, de uma boneca linda (que ri e que chora).

(É que ser mãe cor-de-rosa é voltar à infância.)

E quando me perguntam se já sou mãe, a resposta vem certeira:
"_Sou!", como tantas outras menininhas são, no seu mundo de faz-de-conta, que no meu caso é "faz-de-verdade".
Juliana Fernandes

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Queda

Hoje minha pequena caiu da cama.

Acho que esqueceu que é gente e pensou ter asas.

Tudo bem, podemos ser passarinhas e voar de brincadeira.
Juliana Fernandes

Amigas

Mulheres e amigas são palavras que poucas vezes se acompanham no estrito sentido da palavra amizade.

Mas eu tenho uma, que me ensina a colocar amor em palavras e não amor na gaveta.

E ela já sabe disso.

Mas é bom repetir, pra ela não se esquecer.
Juliana Fernandes

Pra você

As mães e os pais amam.

Sou sua mãe e sua pai, então, amo muito.

É um amor ao quadrado. Amor multiplicado pelos caminhos que escolhi ( amor vs caminhos).

Você tem esse meu amor multiplicado, todo dia. Aliás, você multiplica meu amor todo dia.

Estou descobrindo o amor, querida, e tenho você como chão. É um amor colorido e fantástico.

Você me ensinou a mostrar amor em sorriso. Meu sorriso é você: linda, batendo forte no meu coração, e estampada na minha face.

E por estes sorrisos, que são você me fazendo sorrir assim porque faz cosquinha no meu coração, conheci pessoas que enchem minha vida de amor também. E que dividem, prá nos duas, momentos de atenção (e muita alegria!) que antes seriam só pra mim.

Felizmente ser sua mãe me educa (menina mimada que fui,e sou muito), e você me ensinou, minha mestrinha, que dividir também é amar.

E me divido em mil partes (e depois vejo é que me multiplico) e posso estar em toda parte, e com você, poque você está dentro, como antes de nascer.

(Só que antes de nascer você morava na barriga, e depois que nasceu, de tanto te encostar no colo, foi parar no coração.)

E com você no coração, minha professora particular, aprendo a amar outras pessoas, aprendo a mostrar amor em palavras, em gestos, como você me mostra em gestos, porque desconhece a loucura das palavras.

Sei que você me ama, todos os dias. Você não diz, mas eu sinto.

E é meu amor por você, principalmente, que me faz escrever a nossa história de outro modo, com fé, em dias melhores, se puder existir melhores que esses.

E fico pensando (em versos muitas vezes não meus) que quero que seja repleta de amor, e que não seja só o meu (seria egoismo, até porque na minha vida cabe também amores alheios que se extendem a você).

Fico pensando nisso, pois aprendi com sua simplicidade de brilhar em minha vida, filha, que fui presenteada pela  mãe natureza por uma combinação perfeita hoje, mais que antes: sou mulher e sou amor.
 Juliana Fernandes

Bicho!

Sou apaixonada por um bichinho.

Não imagine que é um bichinho qualquer.

É feito por um nariz arrebitado, que fica franzido e faz um fungadinho engraçado.

É o bichinho mais lindo que eu já vi. E que me traz tanto riso.

Eu não gosto muito dos outros bichinhos, mas este, que mora na minha vida há 18 meses (conto os 8 de espera e os 10 de delicioso desafio) é realmente encantador.

Que quando vira bicho de verdade (e faz fungadinha de bicho e cara de bicho) e vem engatinhando pro meu lado, fica em pé na minha perna e sorri, como quem quer me dizer:

"_ Sou sua!"

Me sinto bichinho também, e faço cara de bicho, imitando-a.

Bicho mãe e bicho filha.

E somos, nós duas, família.

Algodão

Ela achou um algodãozinho no chão.

De curiosa que é, colocou na boca (fez uma careta engraçada) e cuspiu.

Descoberta de hoje: algodão não é bom.
Juliana Fernandes

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Sobre as mães:

São mais felizes do que as que são somente filhas.
Juliana Fernandes

Dança.

É a palavra certa pro que ela fez quando ligamos o "sapo cantor" (ela é apaixonada por sapos e música).

Balançou os bracinhos pra frente e sacodiu o corpinho até a música a cabar! Uma graça.

Foi a coreografia mais linda que já vi.
Juliana Fernandes