domingo, 30 de maio de 2010

Eu preciso..

Eu preciso dizer que estou amargurada com ter que sair de casa para me formar e deixar minha filha com a babá, chegar em casa pra dar a janta, banho, coloca-la na cama e sair de novo pra maratona de "estudante profissional", mas preciso lembrar que é por ela.

Eu preciso admitir também que me sinto culpada por ter vontade de dormir uma noite inteira sem ela acordar, porque corri o dia todo, e sei que ela sente saudades de mim, mas levanto morta no outro dia por ter feito "plantão-mãe" de madrugada, e tenho medo que ela não me ame porque fico pouco em casa e nem temos brincado tanto, mas preciso adimitir que se consigo ser tanto  é por ela.

Eu precisso ressaltar que fico sem ânimo, às vezes, de corrigi-la e educá-la, pois sei que fico pouco em casa para nos divertirmos e que uma mãe moderna seria mais leve e menos metódica, e que zangar com a minha filha pra que ela seja uma pessoa melhor do que eu pude ser aperta meu coração, e me deixa picadinha por dentro, mas preciso ressaltar que é por ela.

Eu preciso comentar que choro escondida por pensar que estou perdendo pedacinhos da fase bebê dela e que me surpreendo por chegar em casa todos os dias e ver que ela tem evoluido sem mim. Pensar que minha filha não é totalmente dependente doi, mas preciso comentar, que se permito que ela seja uma menina menos dependente de mim, se me permito crscer para que ela cresça feliz e com sonhos possiveis de serem realizados, se faço tudo que faço, é por ela.

Eu preciso desabafar tanta coisa, eu preciso pensar e colocar pra fora tanto sentimento. Mas me contenho, e caminho em frente, e me convenço do que ja disse várias vezes e sei que você, leitor (a), ja sabe (e eu nem preciso dizer o que vou dizer), é por ela, por ela, por ela. 
Juliana Fernandes

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Sabe??

Quando uma criança agarra tanto nas suas pernas que se você virar pra trás de uma vez tropeça nela? E quando essa mesma criança só quer saber de colo (o seu, claro, outro não serve)? E sabe quando vc come em tempo recorde pq a criança mal acabou de comer e já tá pedindo colo de novo? Sim,eu estou falando da minha Mariazinha. A bixinha tá um grude e meus braços em frangalhos.

Enquanto isso no banheiro....
- Giovanna, destranca a porta e dá licença que a vovó quer sair.
- (silêncio....)
- Giovanna, a vovó tá pedindo pra vc abrir a porta e dar licença pra eu sair.
- (silêncio....)
- Jééééssica, eu estou pedindo pra Giovanna abrir a porta e ela não me obedece.

E eis que a porta se abre. Me chamar é quase como dizer uma palavra mágica em casa. Aí é hora da conversa no quarto, hora de tentar colocar numa cabecinha geniosa de 3 anos e meio que não é legal desobedecer a vovó. Também é hora de deixar a tal criança do começo do texto esguelando com o avô pra tratar da educação da outra.

A primeira tentativa foi frustrada. A Maria Luiza mais que depressa veio prestar sua solideriedade diante da bronca alheia. Tratou de ir até o quarto, abraçou as pernas da Giovanna, que nessa hora tb chorava, e pegou o ursinho que fica no seu berço numa tentativa de animar a irmã (e conseguiu) – vale lembrar que há umas 2 semanas, num episódio semelhante, a Maria Luiza ficou parada do lado da Giovanna, chorando pq a irmã chorava também. E lá vai a mamãe tentar conter o choro das crias. Voltando à conversa sobre o ocorrido no banheiro, na segunda tentativa obtive sucesso. Expliquei pra Giovanna algumas coisas que não são certas, acho que ela entendeu. Saiu do quarto e foi se desculpar com a vovó. E a paz volta a reinar.

Depois de 1 ano e 2 meses sendo mãe de duas crianças é que eu fui descobrir que levantar várias vezes na madrugada pra amamentar ou que segurar minha filha chorando enquanto furam o pezinho dela pra coletar sangue, são coisas pequenas se comparadas às situações que a maternidade despeja sobre a minha cabeça. Mas eu descobri também que a dor nos braços de tanto dar colo pra Maria Luiza, é dor de amor. Ela quer tanto o meu colo pq eu a amo demais e ela sente isso. Descobri que é fantástico estabelecer uma relação de respeito e amizade com a Giovanna, que é bom “ser a palavra mágica”, pq eu percebo que estou no caminho certo.

Bom mesmo é receber das minhas filhas (em forma de beijo, abraço, sorrisos) todo o amor que eu sinto por elas, e ter cada vez mais certeza que tudo que eu adiei na minha vida – pq ninguém perde nenhuma fase qdo tem filhos, só adia um pouco – valeu a pena, e que por nada no mundo eu voltaria no tempo pra fazer diferente.
 
Jéssica Miranda

terça-feira, 11 de maio de 2010

Dia das Mães

Alguém aí ganhou uma toalha de rosto com a marca da mão de tinta da filha mais velha e uma flor da filha mais nova? Eu ganhei.

Isso se chama FELICIDADE.

Jéssica Miranda

domingo, 9 de maio de 2010

Dia das mamães

Ou faça homenagem todos os dias, ou deixe parecer ser algo natural.

Datas fixas para comemorar o milagre de cuidar da vida são dispensáveis, mas a dedicação e amor sem medidas merece constante atenção.

Nada de perguntar que presente quero ganhar, já ganho muitos todos os dias (e nem todo o dinheiro do mundo pagaria um deles se quer!), e bastou eu pedir pra Deus um: minha filha! Ela é literalmente meu presente!
Aqui é dia da mamãe todos os dias!

Juliana Fernandes

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Papo de mãe...

Me peguei conversando esses dias com umas amigas e percebi que seja lá qual for o assunto sempre terminamos no mesmo ponto: filhos.

Eramos três falando de trabalho. Quando nos vimos choramingando por não poder estar com nossos filhos em tempo integral.

Bem, diferente de mim, os maridos delas ficam com os filhos muitas vezes pra elas poderem sair de casa e trabalhar e estudar, é uma troca de turnos com os filhos.

Minha filha tem mãe dois-em-um.

E em meio ao bate papo eu tentava mudar o assunto, porque me sentia na saia justa de ouvir todas dizendo:

"_Meu marido adora brincar com o meu filho", "_Meu namorado leva minha filha pra passear todo fim de tarde"...

Não por inveja. Não vejam por esse lado. É uma dorzinha de pensar que ela ainda não entende, ainda.

E logo perceberam. E perguntaram porque eu não falava da relação pai/filha.

Foi quando fui obrigada a dizer:

"Quando minha filha me beija e me abraça, e me chama de mamãe sou coberta de orgulho por tê-la, mas quando ela me abraça e me beija e me chama de papai, sou repleta de esperança."

Foi quando vi uma delas enxugar o canto do olho, e dizer:

"Vocês duas são a minha melhor definição de família."

Na hora tomei um susto. Susto de emoção e de surpresa. Susto por ouvir o inesperado.

E em meio a esse papo de mãe, mulheres e tal pude perceber que familia completa é a que tem alegria, harmonia, esperança e amor.

Somos uma família (moderna) feliz e, acredite: completa.

Juliana Fernandes

Dentes

Ela não tem mais apenas os atacadores.

Agora tem um montão de dentinhos de leite, que formam um sorriso branquinho.

Branquinho como a paz que ela me traz.

E sempre repito, com amor, quando vejo os pequenos dentes:

"_Seu sorriso é minha paz."

Juliana Fernandes

Cócegas no coração

Sorriso é uma coisinha engraçada que surge no rosto (de verdade) quando o caração sente cócegas.

Falo isto e me perguntam como é sentir "cócegas no coração":

"_Ora, pois, é o termo que desenvolvi para explicar o efervecer da minha alma quando me sinto feliz."

Mas estas palavras, só foram possiveis de serem ditas (da boca pra fora) quando a Julinha saiu da barriga pro peito.

Me lembro de ser apaixonada pelo cheiro da boquinha, ficava encantada com as pequenas unhas e fascinada com o som do gungunar...
Era gostosa a sensação de fazê-la dormir e tarde da madrugada me pegar olhando o pequeno pacotinho de amor que dormia aconchegantemente na cesta ao lado de minha cama: era um pedaço de Deus, dado pra ser um pedaço de mim, e eu dada a ela como guardiã (duplamente)...

E me recordo da estranha sensação quando a vi pela primeira vez: meu coração foi inundado por lágrimas de paz e ternura; e me senti tão afogada de alegria que, quando o coração secou o excesso de emoção, foi tomado por um sentimento de infância que só as cócegas carregadas de gargalhadas podem trazer.

Além do som das gargalhadas, minha Lili me trouxe uma alma deliciosamente feliz, me trouxe som e riso; só riso não, sorrisos (mesmo sem motivos aparentes, ser mãe é ser feliz "sem motivos").

Trocando em miúdos: o sorriso é a origem  das marcas nas minhas bochechas, o riso é o caminho até as marcas e as gargalhadas, bem, são o som do meu coração batendo tão depressa, de alegria, que vira som na minha garganta desafinada e contagia_ou contamina_ quem estiver por perto.