quarta-feira, 26 de maio de 2010

Sabe??

Quando uma criança agarra tanto nas suas pernas que se você virar pra trás de uma vez tropeça nela? E quando essa mesma criança só quer saber de colo (o seu, claro, outro não serve)? E sabe quando vc come em tempo recorde pq a criança mal acabou de comer e já tá pedindo colo de novo? Sim,eu estou falando da minha Mariazinha. A bixinha tá um grude e meus braços em frangalhos.

Enquanto isso no banheiro....
- Giovanna, destranca a porta e dá licença que a vovó quer sair.
- (silêncio....)
- Giovanna, a vovó tá pedindo pra vc abrir a porta e dar licença pra eu sair.
- (silêncio....)
- Jééééssica, eu estou pedindo pra Giovanna abrir a porta e ela não me obedece.

E eis que a porta se abre. Me chamar é quase como dizer uma palavra mágica em casa. Aí é hora da conversa no quarto, hora de tentar colocar numa cabecinha geniosa de 3 anos e meio que não é legal desobedecer a vovó. Também é hora de deixar a tal criança do começo do texto esguelando com o avô pra tratar da educação da outra.

A primeira tentativa foi frustrada. A Maria Luiza mais que depressa veio prestar sua solideriedade diante da bronca alheia. Tratou de ir até o quarto, abraçou as pernas da Giovanna, que nessa hora tb chorava, e pegou o ursinho que fica no seu berço numa tentativa de animar a irmã (e conseguiu) – vale lembrar que há umas 2 semanas, num episódio semelhante, a Maria Luiza ficou parada do lado da Giovanna, chorando pq a irmã chorava também. E lá vai a mamãe tentar conter o choro das crias. Voltando à conversa sobre o ocorrido no banheiro, na segunda tentativa obtive sucesso. Expliquei pra Giovanna algumas coisas que não são certas, acho que ela entendeu. Saiu do quarto e foi se desculpar com a vovó. E a paz volta a reinar.

Depois de 1 ano e 2 meses sendo mãe de duas crianças é que eu fui descobrir que levantar várias vezes na madrugada pra amamentar ou que segurar minha filha chorando enquanto furam o pezinho dela pra coletar sangue, são coisas pequenas se comparadas às situações que a maternidade despeja sobre a minha cabeça. Mas eu descobri também que a dor nos braços de tanto dar colo pra Maria Luiza, é dor de amor. Ela quer tanto o meu colo pq eu a amo demais e ela sente isso. Descobri que é fantástico estabelecer uma relação de respeito e amizade com a Giovanna, que é bom “ser a palavra mágica”, pq eu percebo que estou no caminho certo.

Bom mesmo é receber das minhas filhas (em forma de beijo, abraço, sorrisos) todo o amor que eu sinto por elas, e ter cada vez mais certeza que tudo que eu adiei na minha vida – pq ninguém perde nenhuma fase qdo tem filhos, só adia um pouco – valeu a pena, e que por nada no mundo eu voltaria no tempo pra fazer diferente.
 
Jéssica Miranda

2 comentários:

Sarah disse...

Que post lindo Jéssica. Sei bem o que é ter um pequeno grudado nas pernas e ter que engolir a comida. Mas, cá entre nós: o cansaço fica totalmente esquecido quando recebemos aquele sorriso lindo e um abraço gostoso em nosso colo né?
um beijo!
http://maedobento.blogspot.com/

Fabiana disse...

Oi Jéssica, obrigada pela visita e pelo comentário lá no meu cantinho.

As semelhanças nas experiências da maternidade são maravilhosas não é mesmo?
Quando são boas experiências eu fico feliz de saber que outras mães puderam sentir a mesma coisa que eu, coisas que muitas vezes é difícil colocar em palavras.
E quando são experiências difícieis, também é bacana e reconfortante saber que existe a solidariedade de outras mães que passaram pelos mesmos apuros.

Beijocas pra você e para as suas pequenas