quinta-feira, 6 de maio de 2010

Cócegas no coração

Sorriso é uma coisinha engraçada que surge no rosto (de verdade) quando o caração sente cócegas.

Falo isto e me perguntam como é sentir "cócegas no coração":

"_Ora, pois, é o termo que desenvolvi para explicar o efervecer da minha alma quando me sinto feliz."

Mas estas palavras, só foram possiveis de serem ditas (da boca pra fora) quando a Julinha saiu da barriga pro peito.

Me lembro de ser apaixonada pelo cheiro da boquinha, ficava encantada com as pequenas unhas e fascinada com o som do gungunar...
Era gostosa a sensação de fazê-la dormir e tarde da madrugada me pegar olhando o pequeno pacotinho de amor que dormia aconchegantemente na cesta ao lado de minha cama: era um pedaço de Deus, dado pra ser um pedaço de mim, e eu dada a ela como guardiã (duplamente)...

E me recordo da estranha sensação quando a vi pela primeira vez: meu coração foi inundado por lágrimas de paz e ternura; e me senti tão afogada de alegria que, quando o coração secou o excesso de emoção, foi tomado por um sentimento de infância que só as cócegas carregadas de gargalhadas podem trazer.

Além do som das gargalhadas, minha Lili me trouxe uma alma deliciosamente feliz, me trouxe som e riso; só riso não, sorrisos (mesmo sem motivos aparentes, ser mãe é ser feliz "sem motivos").

Trocando em miúdos: o sorriso é a origem  das marcas nas minhas bochechas, o riso é o caminho até as marcas e as gargalhadas, bem, são o som do meu coração batendo tão depressa, de alegria, que vira som na minha garganta desafinada e contagia_ou contamina_ quem estiver por perto.

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