Eu pensava que você não cresceria, que caberia no meu colo muito tempo. E quando vejo, já está perdendo o medo de andar sozinha.
Eu pensava que teria muito a te ensinar e mal sabia (tola que sou) que você é quem me ensinaria tudo. Você já veio pronta pra ser filha, eu que não estava pronta pra ser mãe.
Neste um ano fui doutrinada.
Fui ensinada a ser mãe, mulher e tal. Fui ensinada a ser humana, a ser viva, a viver.
Percebo agora que completamos, as duas, um ano de nascidas (porque bem antes de você nascer pro mundo, já havia nascido pra mim, na esperança): completamos as duas, pois, um reveillon em pleno 02 de abril, você por ter dado ao mundo a graça de recebe-la e eu por ter tido a honra de nascer como sua mãe.
É possivel entender agora a magnitude da palavra "amor", da palavra "mãe" e da palavra "tempo": vocábulos tão curtos, que provocam centenas de sentimentos gigantescos, e que nem milhares de palavras definiriam. Os sentimentos definem-as por si só.
(A vida sem minha filha é como uma folha em branco: existe, mas de nada vale.)
E este um ano de aprendizado é apenas o preparatório para o caminho que vamos trilhar. Falta uma vida inteira pela frente. Falta ainda os tropeços pelo mundo.
Estarei com você onde quer que estejamos e você estará comigo, vida minha, além da presença, porque você me transoformou, e me fez viva no amor que sinto por você.
E repito sobre meu amor por você assim, tanto, porque vai além das palavras que saem de mim, vai além das palavras que sinto.
Feliz primeiro aniversário.
Juliana Fernandes